A opinião de todos os atores é importante, em um programa como PorAmérica, do qual participaram fundações empresariais e organizações de base de seis países, junto com a RedEAmérica - a rede temática que impulsiona o desenvolvimento de base na região, com o BID – FUMIN e com o Consórcio para o Desenvolvimento Comunitário da Colômbia, que foi o organismo executor do programa. Aqui você poderá saber mais!
Como entidade especializada no fortalecimento de organizações comunitárias e no manejo administrativo e apoio técnico de fundos concursáveis destinados ao desenvolvimento, gestada também por cinco membros da RedEAmérica na Colômbia, o Consórcio para o Desenvolvimento Comunitário foi designado como organismo executor de PorAmérica, papel que teve ao longo de todo o projeto.
Como tal, assumiu o desenho do programa e, posteriormente, a gestão administrativa do orçamento, assim como a formação e o apoio à Unidade Executora do programa. Glória Robles é a diretora de projetos do Consórcio e acompanha de perto o programa desde a metade de 2011.
“Eu acho que o programa é de uma envergadura interessante, porque está tentando trabalhar com um mesmo enfoque sobre diferentes realidades. Isso é uma oportunidade, mas também surgem algumas dificuldades. É uma oportunidade porque permite medir se o enfoque resiste a diferentes cenários culturais, políticos e administrativos; além disso, essa mesma diversidade pode enriquecer. Surgem dificuldades operacionais pela mesma razão, porque foi pensado com uma mesma lógica, mas quando se enfrentou diferentes realidades e normatividades surgiram problemas, como no México, na Argentina e no Peru”.
“Como aprendizagem, acho que é necessário conhecer mais as dinâmicas operacionais de cada país, conhecer melhor a realidade na qual se vai trabalhar”.
“Por isso, eu acho que deveria ter tido mais participação dos atores envolvidos no desenho do programa. Se as fundações tivessem se envolvido mais, acho que o programa teria se ajustado mais à realidade dos diferentes países e teria mantido a unidade. Para pensar em um programa destes, deve haver um desenho muito mais participativo.
“Como ponto positivo, acho que o intercâmbio de experiências realizado tem sido muito elucidativo e neste sentido destaco um aspecto-chave no programa é que as organizações tem sido o ponto central, todo o trabalho foi feito para fortalecê-las e fazer com que melhorem a renda delas e das famílias associadas. Acho que todas as ações correm nessa direção. Por isso, procurou-se otimizar os recursos e as condições do programa para que as organizações desenvolvessem o máximo de capacidades e pudessem concretizar as situações para colocá-las em prática. Acho este que tem sido o fio condutor do programa e me parece de grande importância para o futuro das organizações.
“As dificuldades que tivemos em campo não impediram que se mantivesse esse critério e que se buscasse que todas as ações colocadas em prática com as organizações, estivessem articuladas de tal maneira que agregassem valor ao resultado, que fossem mais do que uma quantidade de ações isoladas para o cumprimento do contrato. Aqui, apesar do contrato com o BID – FOMIN ter sido cumprido, foi possível articular tudo para que as ODBs recebessem a formação apropriada e fortalecessem as suas capacidades.
“Acho que para o Consórcio, o Programa tem sido um forte desafio por causa das suas dimensões, mas ao mesmo tempo uma oportunidade muito interessante de aprendizagem, porque de alguma maneira aumentamos a nossa experiência no manejo de fundos. Passamos de fundos nacionais, com várias fundações e diferentes organizações, a um fundo que tem uma dimensão hemisférica. Por isso, neste momento, temos mais e melhor experiência em relação a este aspecto. Além disso, estamos mais visíveis em outros cenários e isso também é importante para a projeção do trabalho que está sendo realizado com uma ênfase mais territorial e de geração de condições para o desenvolvimento integral”.
Aliados